O sopro da escuridão de uma noite remoída em insônia me empurra uma idéia escondida nas entranhas de minha alma:
“homens são, em suma, códigos de barra como tudo o que existe e nada mais”
Não são seres abençoados ou poupados do castigo eterno de um Deus poderoso e temperamental que muda de personalidade de um testamento para o outro.
Volvo minha fronte, agora, para o sopro do universo e grito em seu ouvido.
Sei que não serei ouvido - assim como os ecossistemas naturais que gritam ainda mais forte por socorro e sabem que também não serão ouvidos. Ou como os seres fisicamente humanos que, morrendo, não querem mais gritar por estarem economizando forças somente para matarem seus últimos fantasmas e descansarem em paz.
Quantas vezes não foi somente o acaso quem se manifestou com ou sem gritaria?
Dando idéias a assassinos de voz e mãos; telencéfalo altamente desenvolvido e polegar opositor a macacos; luz e calor a quem nem pediu, mas por fim desabrochou e deu frutos.
Esperto agora estou para as tolices humanas (espero).
Não me iludo mais com bois de cara preta ou com fundamentalistas de bela voz.
A não ser que sinta vontade de trocar minha alma por um copo de vinho ou qualquer quinquilharia dessas de brechó.
Se a liberdade existe, nada me impede...
Ah!
ResponderExcluirSim, meu caro amigo, mais um grãozinho de areia nessa quilometrica praia da existência...
Munidos de ilusões de importância, perpassamos os anos com certezas falsas de que nossa existência é crucial!
Mas, você chegou ao ponto certo!
bjO