Se todo poeta é fingidor - como dizia o saudoso Fernando Pessoa – e se a vida é uma poesia que se escreve sem parar; então para ser poeta na vida preciso, às vezes, fingir no que sinto.
Não pra enganar a ninguém nem a mim mesmo, mas para que todo o fingimento se transforme em realidade.
Isso faz sentido quando se consegue observar que dentro de nós há um universo de sentimentos e ideias que se espancam o tempo todo querendo apenas aparecer para serem vistos e questionados, já que é dessa forma que conseguem sobreviver diante do caos.
È fingindo na vida que rapto a felicidade, onde quer que ela esteja, e a dou um gole de minha cachaça mais embriagante para que unidos possamos fazer as mais loucas loucuras sem nos importarmos com o que é certo ou errado. Afinal de contas, certeza não é sempre relativa?
Sendo assim, nunca peça para nos vestirmos de suas construções sociais. Ela e eu queremos estar sempre nus.