quinta-feira, 17 de junho de 2010

Prepotências Súbitas


Um guerreiro aprendiz com tambores ritmadas no peito nunca se conforma em entregar suas armas

(baixá-las por qualquer motivo numa guerra crucial não significa dizer que as entregou por inteiro).

Toda guerra em suma é egoísta.

“Todos os exercícios de musculação, de esquiva, de observação e leitura espacial.

Fiz todos os necessários, mas sinto que minha inexperiência no início das tensões me confundiu.

Até imaginei que a guerra não iria chegar ao ponto de mutilar ate o âmago do meu ser.

Olhar pra Lua cheia hoje me lembra que estou preparado para muitas batalhas,

mas isso não me anima muito vendo que aparentemente não ocorrerão.”

O veterano olha pro céu e tenta observar formas de vencer uma guerra acabada.

Não quer deixar as armas enferrujarem em meio ao silencio proposital causado pelo afastamento de uma realidade que já não faz parte de si.

O mundo não imagina que o sentimento de pós-guerra personifica ânsias alheias aos conformados.

É um período que o faz pensar no quanto sua vida seria outra se não tivesse se alistado.

“hoje ao menos tenho armas e cartas escritas aos que quiserem refletir.”

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