Reflexões sobre o tempo vêm sempre em Déjà vu.
Afinal, quem nunca se perguntou sobre o vazio?
Que vazio??
Aquele.. que está a par de tudo dentro e fora de nós e que toma
cada um por inteiro quando é chegada a
hora da noite eterna.
Todos tentam esquecê-lo, mas ele sempre estará lá, pesando
sobre o dom da consciência.
Cobrindo-nos de frágeis e eternas distrações. De histórias
que não são as nossas.
Assim pode nos fazer esquecer nossa eterna saudade das
fogueiras, das poucas palavras, das pinturas sagradas, da iminente vida ou
morte advinda de cada proeza ou desventura.
Outrora, vivia-se como se não houvesse amanhã. Por que de
fato não havia.
Hoje, crianças precisam correr sobre a lama e sobre as
rochas para não se tornarem autômatos enferrujados.
E sempre que podemos, paramos para podermos fitar com nostalgia
o que resta de natureza verde e límpida.
Sem perceber, lá no fundo, a eterna e insaciável saudade dos
tempos longínqüos.
Antes, tudo o que tínhamos era nosso corpo. E esse era totalmente útil.